Professor da USP processa Janaína Paschoal por difamação
Reprovada em concurso para professora titular da Faculdade de Direito da USP, autora do impeachment usou o Twitter para atacar e questionar banca examinadora.
Por Nocaute em 01 de dezembro às 12h42Salomão Shecaria, chefe do Departamento de Direito Penal, Medicina Forense e Criminologia da Universidade de São Paulo (USP), entrou com um processo por difamação contra a professora Janaína Paschoal, autora da peça acusatória que ocasionou o impeachment da ex-presidenta Dilma Roussef.
Shecaria alegou que Janaína usou sua conta no Twitter para atacar a honra do professor, “realçando suas imaginadas qualidades e se apresentando falsamente como injustiçada”. O processo tramita no Juizado Especial Criminal de São Paulo.
Professora na instituição desde 2003, Janaína Paschoal concorreu com três docentes para duas vagas de titularidade e sua tese foi reprovada obtendo última colocação no concurso público. Em setembro, nas redes sociais, a advogada passou a questionar a escolha da banca avaliadora. Primeiro, acusou Shecaria de ter favorecido Alamiro Velludo, candidato que alcançou a primeira colocação, por uma suposta “estreita relação”. Também afirmou que Velludo teria plagiado a tese de doutorado de outro colega, Leandro Sarcedo, chegando a entrar com um recurso contra o resultado.
“Seria impossível não notar a identidade entre as duas teses. Friso, os textos não são idênticos, mas as ideias são. Das duas, uma: Ou Shecaria aprovou duas teses sem ler. Ou Shecaria foi conivente com o fato de o vencedor apresentar ideias de outrem”, publicou Janaína em sua conta pessoal no Twitter.
Em outubro deste ano, a docente disse ao jornal O Estado de São Paulo que vê perseguição dentro da faculdade. Em recurso pede que a instituição instale uma comissão para apurar o que chamou de “falta de originalidade” na tese de Alamiro Velloso, primeiro colocado.
Segundo o processo, Shecaria “foi ofendido porque sua honra profissional foi colocada em cheque”. Alberto Toron, advogado de Shecaria, afirmou que o “grave crime” deve ser apurado para que “a candidata aprenda, ao menos, a respeitar a honra alheia”.
De acordo com O Globo, Janaína Paschoal afirmou que aguardará a notificação oficial para se posicionar sobre o caso. “Só acho surpreendente que alguém que não vê nenhuma legitimidade no Direito Penal, que quer esvaziar os presídios, que quer soltar traficantes, corruptos e criminosos em geral, use uma ação penal para me calar”.
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Francisco
02/12/2017 - 12h51
Acho que ela deveria ser nomeada pro stf.
Lais
01/12/2017 - 17h31
Mad Janaína não desiste dos holofotes. Está sempre procurando uma brecha para se ver sob as luzes. Essa mulher dá pena.!!!!