Segundo reportagem de Mário Cesar de Carvalho, da Folha, o Grupo CCR, a maior concessionária de estradas do país, pagou R$ 5 milhões para o caixa dois que financiou a campanha do tucano Geraldo Alckmin (PSDB) em 2010.
Representantes da empresa afirmaram ao Ministério Público de São Paulo que o dinheiro foi pago ao empresário Adhemar Ribeiro – cunhado do ex-governador do Estado – e, segundo a promotoria, não consta na prestação de contas feita pelo partido.
Pela lei eleitoral, por operar concessões públicas e possuir contratos com os governos estaduais e federal o grupo CCR não pode fazer doações para campanhas.
De acordo com o promotor José Carlos Blat, a CCR aparece como doadora de R$ 23 milhões (estimativa inicial que está sendo investigada) para três políticos psdbistas entre 2009 e 2012.
Além do ex-governador Geraldo Alckmin, são apontados no caso o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, e o Senador José Serra, cujo os valores recebidos ainda não foram apurados.
Segundo o jornal, há indícios de que o ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza (conhecido como Paulo Preto) – investigado pela Lava Jato como operador do PSDB – seja o responsável pela arrecadação para Aloysio Nunes. Márcio Forte é acusado de ser o operador de José Serra.
O grupo CCR foi citado pela primeira vez na delação premiada de Adir Assad em fevereiro deste ano. Assad – acusado de lavagem de dinheiro – narrou que suas empresas de fachada e outras verdadeiras haviam recebido R$ 46 milhões da CCR. Metade desse valor foi distribuído ao três tucanos de São Paulo.
O ministro Aloysio Nunes, foi o único que se pronunciou a respeito dos fatos apresentados. Ele alega que “isso é pura e simplesmente uma mentira”.
Alckmin e José Serra negam qualquer envolvimento.
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Marcia says:
Quanto mais Alckmin incomodar os demais candidatos, mais vão surgir notícias desse tipo. Meu voto tá fechado em Alckmin, ainda a melhor opção para a presidência.