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Novo líder catalão continua a defender a separação da Espanha

A Catalunha escolheu ontem, segunda-feira, seu novo presidente regional, o separatista Quim Torra, indicado por Carles Puigdemont, ex-presidente catalão que está exilado em Berlim. Na Espanha Puigdemont é acusado de rebelião e mau uso do dinheiro público após liderar a tentativa de independência da Catalunha.
No dia 1 de outubro passado os separatistas venceram o referendum por 90% dos votos, mais de 2 milhões de eleitores votaram pelo sim, mas Madri respondeu com dureza poucas vezes vista na Europa: além de prender todos os líderes, censurou jornais e grampeou telefones, o governo espanhol do primeiro-ministro Mariano Rajoy dissolveu o Parlamento e destituiu Puigdemont e seu Executivo, assumindo o controle da autonomia regional. A expectativa agora é que o governo espanhol encerre sua intervenção na região.
Torra afirmou que o presidente legítimo catalão continua sendo Puigdemont, e que “mais cedo ou mais tarde” ele voltará ao cargo. Ele disse repetidas vezes no Parlamento que estava pedindo votos em nome dele e do ex-presidente e que seu mandato é provisório. O primeiro ato como governante será visitar seu antecessor nesta terça-feira em Berlim.
Em uma entrevista a uma rádio catalã, Torra afirmou que os separatistas cometeram um erro em outubro, pois ali já deveriam ter proclamado e defendido a República.
O novo presidente teve 66 votos a favor dos dois principais partidos nacionalistas, Juntos pela Catalunha e Esquerda Republicana, e 65 contra das legendas que rejeitam a independência. Os quatro deputados do grupo separatista mais radical, os anticapitalistas da Candidatura de Unidade Popular (CUP), se abstiveram.
O presidente do Parlamento catalão, Roger Torrent, da Esquerda Republicana, também separatista, avisou que não vai comunicar pessoalmente ao rei Felipe 6º a escolha do novo presidente regional e mandará a decisão por email.
A nomeação do rei é necessária para que Torra possa efetivamente tomar posse e encerrar um ciclo de incertezas que começou com a fuga de Puigdemont.
Enquanto isso, Rajoy convocou os líderes dos principais partidos para chegar a um acordo sobre uma possível nova intervenção na Catalunha se os nacionalistas voltarem a tomar decisões que “violam a Constituição da Espanha”.
Assista a entrevista coletiva de Torra e Puigdemont

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  1. Avatar
    José Eduardo Garcia de Souza says:

    Isso é conversa para enganar incautos e açular histéricos. O Quim Torra sabe perfeitamente – e tão bem como o Puigdemont – que eles não vão conseguir separar a Catalunha da Espanha.

  2. Avatar
    valdir freire says:

    Finalmente o independentismo cataláo deu as caras mostrando este xenófobo e “supremacista” senhor Quin Torra. Que vergonha para Catalunha.

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