Protestos e confrontos entre palestinos e o exército de Israel marcaram as horas que antecederam a abertura da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém – a inauguração ocorre no dia em que o Estado de Israel comemora 70 anos de sua criação.
A Autoridade Palestina afirma que pelo menos 55 manifestantes morreram e pelo menos 2.000 pessoas ficaram feridas em confrontos ocorridos nesta segunda-feira (14) e no fim de semana. Os palestinos se reuniram em diferentes pontos da Faixa de Gaza e Cisjordânia e foram brutalmente reprimidos pelo exército israelense.
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A cerimônia de inauguração da Embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém deve ocorrer às 16h no horário local. O presidente Donald Trump fará um discurso na cerimônia desta segunda-feira (14) por vídeo, e vai ser representado por sua filha, Ivanka Trump, e seu genro e assessor Jared Kushner. Cerca de 800 pessoas devem participar do evento, incluindo uma delegação de congressistas.
A mudança da Embaixada reforça a posição do governo Trump, que em dezembro do ano passado, reconheceu Jerusalém como a capital de Israel. Essa decisão gerou controvérsia em toda a comunidade internacional. Mais de 120 países membros da ONU (organizações das Nações Unidas) votaram a favor de resolução contra o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.
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Jerusalém é considerada sagrada para três religiões, o islamismo, cristianismo e judaísmo. Em 1948, após decisão da ONU, o território palestino foi dividido entre um estado judeu e um estado árabe. Ficando 51% do território para Israel e 49% para a Palestina. Jerusalém, por sua importância histórica foi também dividida, a parte Oriental pertencendo à Palestina e a Ocidental à Israel.
Desde a criação do estado judeu, Israel invadiu 27% nos territórios palestinos, desrespeitando as resoluções da ONU. Dos 49% de território destinado à Palestina na divisão da ONU em 1948, hoje restam apenas 22%.
A evolução da invasão de terras palestinas.
Para a maior parte da comunidade internacional, e inclusive para as Nações Unidas, a capital israelense é Tel-Aviv. A delegação norte-americana chegou na tarde de domingo (13) e foi recebida pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que elogiou o presidente Trump. Não há previsão de uma reunião entre americanos e palestinos durante a viagem.
*Com informações da Agência Brasil
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