Brasil

Polícia deve estar com o povo, diz manifestante

Por Brian Mier
Pelo menos 150 mil pessoas ocuparam as ruas de Brasília para protestar contra Michel Temer e pedir eleição direta para presidência nesta quarta-feira (24/5). Acuado, o governo mandou as Forças Armadas para as ruas para conter a manifestação.
Veja como foi:

“A arma que foi idealizada para se usar em combate está sendo usada contra senhoras. Há poucos instantes, senhoras de idade, professoras aposentadas, domésticas passaram por aqui carregadas”, denunciou Iralves da Silva, do SINDASP-PE (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária e Servidores no Sistema Penitenciário do Estado de Pernambuco).
O movimento Ocupa Brasília havia sido convocado para o dia 24/5, quarta-feira, com objetivo de exigir que o presidente Michel Temer deixe o cargo e para que não sejam realizadas as reformas trabalhista e previdência.
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    José Eduardo Garcia de Souza says:

    Alguns comentários com relação à matéria. 1) Não foram 150 mil pessoas. No máximo, estiveram ali cerca de 40 mil. 2) Matéria do próprio “Nocaute” já dizia antes que o governo esperava tentativas de ocupação de prédios – inclusive mencionando “mêdo”, o que denotava já a presença de arruaceiros na manifestação, o que se confirmou. 3) Se o governo foi “acuado”, como diz o jornalista, porque, então as reclamações contra a chamada “repressão”?. É regra básica de caça e caçador que, quando a caça sente-se acuada é quando ela está no seu momento mais perigoso, e quando o caçador é inteligente, evita acuá-la ao máximo. Acuar o goverbno terá sido então gatilho para a própria reação das suas forças e um erro estratégico enorme dos arruaceiros. 4) As próprias imagens mostram mascarados com pedras e paus em atitude agressiva, e senhoras de idade não deveriam ser permitidas pela organização, de estarem juntas com os marcarados arruaceiros, justamente para protegê-las, o que denota ou falha gritante da organização ou desejo “a priori” de expô-las ao risco para capitalização posterior em imagens e comentários chorosos. 5) No que toca à polícia estar com o povo, depende: se for um povo ordeiro, sim; com os arruaceiros de ontem, certamente que não – e ainda bem por isso.

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    Iran Alves da Silva - Doutorando says:

    Antes de mais nada gostaria de parabenizar o ilustre repórter pela ampla cobertura que deu áquele fato histórico, que graças a ele será lembrado e visto pela ótica de cidadãos e trabalhadores.
    Eu estava lá, participei como operador de segurança publica que atua no sistema prisional , sou “agente penitenciário”, como especialista em penal e processo penal, sou pós graduado, como membro da Federação Ibero americana de Estudos Jurídicos e Sociais, sou cientista, como Doutorando em Direito buscando subsídios para robustecer a tese que escolhi para o meu trabalho de conclusão de curso, onde defendo a necessidade de reformulação do contrato social sob pena de em breve presenciemos uma revolução mundial sem precedentes, onde de um lado teremos o povo defendendo seu direito e do outro uma elite política que esqueceu que o povo lhe outorgou pelo voto poder para atender os anseios desse povo e não para colocarem seus interesses individuais acima dele, mais estive lá principalmente como cidadão indignado e ansioso por mudanças.
    Inconteste que vivemos um momento ímpar de nossa historia, onde nas ruas o povo indignado clama por mudanças, enquanto de seus gabinetes autoridades constituídas adotam medidas não razoáveis e desumanas para reprimir essas manifestações, medidas que desrespeitam todos os tratados internacionais de direitos humanos, atitudes dignas de uma ditadura, simplesmente para desencorajar e amedrontar para reprimir a livre e pacifica manifestação: um absurdo!
    Ao ler o comentário do senhor José Eduardo, me vi obrigado a refletir a respeito de alguns aspectos da mobilização, reflexão que apenas vieram a reforçar a tese de necessidade de imediatas mudanças, vejamos:
    1 – Um insignificante, porém ativo numero de vândalos, depredava o patrimônio, atitude rechaçada pela esmagadora maioria que só estava lá para manifestar o seu repudio ao momento político, para exigir mudanças, para exigir uma repaginação no cenário político brasileiro;
    2 – a presença desses infiltrados é no mínimo estranha e enseja uma ampla investigação coisa que a própria organização já esta fazendo, pois a partir da presença desse ínfimo grupo, a policia de forma generalizada em uma demonstração de despreparo e descontrole, no afã de mostrar serviço, de cumprir as ordens absurdas e ilegais emanadas dos chefes, sem observar as danosas consequências do comando dado, iniciou o que podemos chamar de massacre contra os quase 150.000 manifestantes que lá estavam, uma barbárie digna de enredos de filmes hollywoodianos que com certeza será tratada nos rigores das leis nacionais e internacionais. Prova alguns dos infiltrados terem sido flagrados em outros momentos, vejam vocês mesmos: https://www.youtube.com/watch?v=6xiHjLZIJls
    3 – os verdadeiros manifestantes eram famílias inteiras formadas por pessoas de todas as idades, crianças, jovens e adultos e uma grande maioria de idosos, pessoas que simplesmente estavam lá demonstrando a necessidade de dá um basta em tudo isso, exigindo do congresso nacional e do STF um posicionamento quanto ao fim desse governo que já deu o que tina de dá, um basta a essas tentativas reiteradas de retirada dos direito dos trabalhadores, de sepultar a população tornando o pais um reduto de operários fadados a servirem um país onde nunca o filho de um operário terá esperança de alçar voo e contribuir para melhoria desse nosso tão amado Brasil.
    No inicio, em outros carnavais, a imprensa oficial sempre tentou minimizar a participação do povo nesse tipo de movimento, isso acontecia dado ao receio de que o gigante chamado democracia acordasse, talvez com medo de perderem sua boquinha, talvez até com medo de irem presos, compreensível, mais a prova tá aí, não deu certo o povo acordou, quanto ao calculo do numero de participantes a coisa é simples, podemos contratar especialistas para fazê-lo, mais uma coisa é certa, a partir da observação da concentração de pessoas e da área ocupada posso afirmar que tinha muita gente, no auge, algo em torno desses mencionados 150.000, quer queiram aceitar ou não, e isso basta.

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