Brasil

Até o Globo desenterra mutretas da ditadura militar.

Um telegrama confidencial escrito pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil ao Departamento de Estado em 1984 afirma que a corrupção era parte “indissociável” do governo militar.
O documento, divulgado pelo jornal O Globo, diz também que o “jeitinho brasileiro” era regra na política: a troca de favores e promessas, a contratação de amigos e familiares em bons empregos, e o hábito de burlar regras restritivas.
Segundo o informe, os escândalos de corrupção atingiam até o mais alto escalão do governo de João Figueiredo, o que o tornava impopular e indicava o fim próximo da ditadura militar.
O então ministro do Planejamento, Delfim Netto, e um dos signatários do AI-5, é citado no telegrama como acusado de corrupção em dois casos: um empréstimo de US$ 2 bilhões à Polônia a taxas de juros baixas e o recebimento de propina para intermediar negócios entre bancos estrangeiros e estatais brasileiras.
Documentos britânicos obtidos pela Folha de S. Paulo apontam outros casos de corrupção na ditadura militar, nos governos dos generais Emílio Garrastazu Médici e Ernesto Gesiel.
Segundo os registros, em 1978 o Reino Unido pretendia investigar uma denúncia de superfaturamento na compra de equipamentos para a construção dos navios vendidos ao Brasil e se ofereceu para pagar indenização de 500 mil libras. O regime militar brasileiro, no entanto, não quis receber o valor e negou os pedidos britânicos para ajudar na investigação.

Os documentos da CIA deixam claro: é hora de abrir os arquivos da Ditadura


 

CIA desmascara Geisel: general controlava execuções de adversários da ditadura


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  1. Avatar
    Cristiane N. Vieira says:

    Na verdade, notícias velhas pois quem ouviu sobreviventes do regime falarem sobre o período nunca se enganou com a falácia de governo sério e rigoroso, como sinônimo de honestidade material.
    O que me chama atenção agora é a divulgação, requentada, de informações que não são novidade exatamente por apoiadores da ditadura, então, e do arbítrio, sempre a Folhata de Lixo de SP e a Globélica, depois do rebuliço sobre o também requentado documento da CIA: querem pressionar os militares pra quê? Pra aceitarem tomar o poder de novo se necessário caso estejam recalcitrantes, pra que apóiem intervenção em outros países da América Latina caso idem, ou para que pressionem novamente o STF com ameaças veladas – ou melhor, twitadas – para cumprir os interesses golpistas na nova desordem mundial em modelito repressor jurídico… ?
    Pode não ser nada disso mas inocente não é pois esses prepostos do interesse USamericano não dão ponto sem nó, nem golpe sem supervisão de abutres. De repente viraram revisionistas de seu próprio passado? Vão usar a “doutrina do combate à corrupção” de maneira retrospectiva com efeito no mercado futuro?
    Então a dita era branda mas pode ir parar na CuritiGuantánamo “simbólica” da opinião pública?
    Tudo isso pra que militares desapoiem o candidato da ultradireita?
    Desse mato só sai sabujo, resta saber pra que lado vão morder agora.
    Sampa/SP, 04/06/2018 – 11:49

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