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Macri fala pela primeira vez sobre Maldonado 35 dias após o desaparecimento

Manifestação em Buenos Aires “Onde está Maldonado?”, um mês depois do desaparecimento


Depois de jornadas de mobilização na Argentina e em outros países, o presidente Mauricio Macri fez sua primeira declaração pública sobre o caso do artesão Santiago Maldonado, desaparecido há 35 dias em uma ocupação mapuche.
“Estamos colaborando com a justiça o máximo possível (…) Lamento, lamento muito porque estamos em um momento em que o que não queremos é violência”, respondeu Macri a jornalistas, enquanto deixava um evento oficial no Teatro Colón, em Buenos Aires.
Maldonado, 28 anos, desapareceu no dia 1º de agosto em Chubut, província da Patagônia argentina.
Segundo quatro testemunhas, efetivos da Guarda Nacional entraram na ocupação mapuche durante a noite disparando dispararam balas de chumbo e de borracha para tentar tirar as famílias dali.
Maldonado não é indígena, mas é um apoiador da causa e estava naquele local desde o dia anterior, acompanhando os militantes.
Uma versão é de que ele foi visto pela última vez perto do rio Chubut, enquanto corria para tentar escapar dos tiros. A outra relata que Maldonado foi preso e levado em um caminhão.
As investigações do governo trabalham com duas hipóteses principais, de que ele foi assassinado pelos guardas e seu cadáver foi ocultado, ou de que ele quis entrar para a clandestinidade, por alguma razão ainda desconhecida.
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O desaparecimento provoca uma série de mobilizações desde o começo de agosto. O mais expressivo foi na sexta-feira passada (1º), em Buenos Aires, quando o episódio completou um mês. Estima-se que 250 mil pessoas participaram e 23 foram presas pela polícia.
“Até quando devemos continuar nos perguntando onde está Santiago?”, questionou Sergio Maldonado, irmão do desaparecido, no ato de sexta.
“A um mês do desaparecimento forçado o Estado nega. Em nenhum momento eles questionaram as forças de segurança. O único que fizeram foi questionar os amigos e a família”, afirmou.
Houve também mobilização internacional, tanto nas ruas como em redes sociais.
Os deputados do Podemos, na Espanha, lançaram uma campanha para coletar assinatura e exigir do Estado argentino o aparecimento com vida de Santiago Maldonado.
 

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